O que podemos dizer sobre o futuro

Para quem não conhece a Campus Party é um encontro de pessoas interessadas em tecnologia. A maioria público jovem abaixo dos 30, mas eu, com 31, continuo aqui assim como outros remanescentes.

O evento envolve palestras, jogos, dinâmicas, stands, eventos e tudo isso com a maior parte de seu público acampado no local em barracas, sem muito luxo, mas sem muitas horas de sono também.

Naturalmente não pude acompanhar as centenas de horas de palestras que se dividem em temas que vão de empreendedorismo até robótica, incluindo nomes mundiais como Buzz Aldrin(segundo homem a pousar na lua), Nolan Bushnell (criador do video-game atari), mas fiz questão de ver de tudo um pouco.

A campus party é um evento diferente os palcos espalhados pelo anhembi são abertos, você chega e senta, não há paredes e nem avisos para desligar computadores e celulares, pelo contrário, há cabos de rede nas cadeiras para que assistam as palestras usando seu computador, você entra e sai quando quiser.

As mesas de computadores estão por toda parte e os computadores são simplesmente deixados nelas, como se não houvesse risco, e provavelmente não há, inibido pelo sistema de se segurança, mas acredito que principalmente do grau de consciencia e do objetivo da maioria.

Há palcos sem palestrantes, qualquer um pode sugerir um tema e palestrar, achei isso barbaro e mais ainda ao ver quanta coisa legal aconteceu ali e principalmente quantas pessoas se interessaram pelos temas alternativos apresentados no palco, tentei me inscrever para palestrar, mas cheguei tarde já haviam sido preenchidos todos os horários, então na próxima estou lá com FOMIMPADES.

De repente centenas de pessoas se levantam e correm para um determinado local, promoção no twitter vista na hora por todos, alias o mesmo virou um bate papo pela hashtag CPBR6.

Bom vamos ao que ficou para mim e me sinto na obrigação de dividir este ponto de vista com o mundo.

A tecnologia vai pra dentro de nós, sim, não se assuste, mas isso já acontece há tempos a cada raio x que já fizemos lá estavam as ondas mapeando nossos ossos, pois bem, a tecnologia avançou muito, agora ondas mapeiam nossos sentimentos e reações, são capazes de em níveis inícias de mapear nossos pensamentos e tirar imagens de nossos cérebros. Já imaginou você acordar e assistir o que sonhou? Possível.

O mapeamento genético, mais rápido, mais barato, permitirá que a próxima geração brinque com a genética dos cães e não mais com os cães, calma, estou indo muito além, lá na frente, fica meio maluco este texto se falar do que pode acontecer, vamos voltar ao presente.

Fica claro a necessidade de interação por parte das marcas, a geração Y e as seguintes tem opinião acabou boa parte do medinho do que vão dizer(até aí glória a Deus), o problema surge quando ignoram o como fazem isso e geram stress para ambos os lados, podendo muitas vezes serem precipitados ou perdendo a razão ao tratar um assunto simples. Para empresas fica a dica, deixem as pessoas falarem sejam elas clientes, equipe, fornecedores, abra o dialogo e permita que falem.

Fica claro a necessidade de informatização, você não pode ser encontrado do meu celular? Você não existe, simples assim, se existe não é para mim a não ser que seja muito diferente, muito relevante assim como uma cachoeira que não tem site, mas todo mundo dá um jeito de chegar lá, como não é fácil descobrir se somos bons assim, a dica é esteja lá, digitalize-se.

Os negócios sociais vão longe, particularmente acredito muito, empresas que são mais que empresas, empresas que influenciam o meio em que vivem, que agregam, que trazem benefícios ao meio, as empresas gafanhoto (detonam o meio que vivem em busca de lucro) continuarão existindo, mas este não é mais o único caminho, é possível ter fins lucraticos e sociais.

A mim, entusiasta que sou, saio cheio de perguntas, de coisas para aplicar, de coisas para testar, quero que as pessoas participem mais, principalmente os clientes, os usuários, as paredes da empresa estão nas divisas da cidade ou mais, enfim, todos, clientes, usuários, fornecedores e amigos fazem parte da equipe e devem ser reconhecidos por cada ajuda que derem a empresa.

O futuro está na relevancia, fazer algo realmente bom, está em ganhar tempo afinal a tecnologia está aí para isso, está em entender e aprender a ensinar uma geração que aprendeu a aprender sózinha.

Que nossas pegadas sejam marcas de um caminho de sucesso,

Rafael Régis Somera